Reflexão sobre o 2º Domingo do Advento
A liturgia do segundo domingo de Advento constitui um apelo à conversão. Deus se mostra sempre disposto a oferecer ao homem um mundo novo de liberdade, de justiça e de paz; mas esse mundo só se tornará uma realidade quando o homem aceitar reformar o seu coração em Deus.
Na liturgia da Palavra, fica evidente o tema das duas vindas do Senhor. João Batista, no Evangelho, prepara o caminho daquele que traz a salvação, Jesus o Cristo, apontando para a necessidade de conversão. Tal apelo aparece também na primeira leitura, do Livro do profeta Isaías. Mas a segunda leitura tirada da segunda Carta de São Pedro, refere-se à esperança de uma segunda vinda do Senhor em sua Glória: diz o Apóstolo: “Ele tardará, mas não falhará, pois está usando de paciência, visto que Ele quer a salvação de todos”.
Podemos ainda acrescentar uma terceira vinda do Senhor. Isso mesmo! Uma terceira vinda que se dá de forma intermediária. Quem fez esta observação foi São Bernardo, abade quando chama de tríplice vinda do Senhor, isto é, entre a primeira e a segunda, há uma intermediária que é oculta e ocorre nesse caminho se percorre entre a primeira e a última.
Quando dizemos: “O Senhor esteja convosco!” Vocês respondem: “Ele está no meio de nós!”. Deus se faz presente em nosso meio com sua Divina Graça, com sua misericórdia, com sua bênção, com a força do seu Espírito. E podemos experimentar a ação de Deus no meio de nós, nessa vinda intermediária, na medida em que traçamos nossos passos nos caminhos da fé. Um escritor poeta espanhol, Antonio Machado nos lembra que “o caminho se faz ao caminhar”. E também nos diz Santo Agostinho: “Canta e Caminha! Enquanto Caminha cante, enquanto canta, caminhe”.